sábado, 4 de maio de 2013

Hoje não vivo, sobrevivo...


Hoje não vivo, sobrevivo...
Sobrevivo tentando sorrir,
sobrevivo tentando não chorar
sobrevivo tentando não desistir
tentando acreditar na alegria
tentando não desacreditar no mundo
tentando não desanimar de viver
e por que tudo isso?
Perdi minhas filhas...
Perdi aquelas que um dia jurei cuidar para sempre meu corpo, minha mente,meu mundo se planejou para protege-las ama-las por longos anos até que a morte me leva-se,mais olha que insignificante somos um dia um dia triste e vazio horrível Deus por motivos que eu pela grande dor e tristeza que carrego não compreendo, levou minhas anjinhas...  Após este dia eu não vivo sobrevivo.... Vivo tentando entender, sobrevivo tentando viver...

Suelen Soares Langner

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Poema para minhas anjinhas


Minhas bebes não dormem em meus braços
más sim lá no céu...
Não me da beijam, más sim em Jesus...
Não me acordam no meio da noite,
Más visitam meus sonhos...
Não aprenderam a andar, más sim a voar
Não as  ouvi a me chamar de mamãe
Más sei que intercedem por mim...
Não vivi os planos que planejei ao lado delas
 más sei que um dia irei revê-las
e neste dia será tudo perfeito e
eterno, pois lá jamais iremos nos Separar.
Suelen Soares Langner

terça-feira, 30 de abril de 2013

Como poderei conviver com o meu pesar?


(Contribuído por: Valdiwilson Monteiro)

“EU ME senti muito pressionado a conter meus sentimentos”, explica um jovem senhor, de nome Miguel, ao relembrar a morte do pai. Para ele, controlar seu pesar era a coisa varonil a fazer. No entanto, mais tarde deu-se conta de que isso era errado. Assim, quando um amigo perdeu o avô, e, ao visitá-lo, ele sabia o que fazer. Ele diz: “Uns dois anos atrás, eu daria umas batidinhas no ombro dele e diria: ‘Seja homem.’ Agora, toquei no braço dele e disse: ‘Seja você mesmo. Isso o ajudará a enfrentar a situação. Se quiser que eu vá embora, irei. Se quiser que eu fique, ficarei. Mas não tenha receio de dar vazão aos seus sentimentos.’”

Mariana também se sentiu pressionada a conter seus sentimentos quando morreu o marido dela. “Estava tão preocupada em ser um bom exemplo para os outros”, lembra-se ela, “que não me permiti demonstrar os sentimentos normais. Mas, por fim, aprendi que tentar ser um esteio para os outros não me ajudava em nada. Comecei a analisar minha situação e a dizer: ‘Chore se tiver vontade de chorar. Não tente ser forte demais — Desabafe!’” 

De modo que tanto Miguel como Mariana recomendam: — Demonstre seu pesar! E têm razão. Por quê? Porque externar o pesar é a necessária vazão emocional. Dar vazão aos seus sentimentos pode aliviar a pressão a que está submetido. A expressão normal das emoções, se acompanhada de entendimento e de informações exatas, permite que você coloque seus sentimentos na perspectiva correta. 

Naturalmente, nem todos expressam o pesar da mesma forma. E fatores tais como se a morte do ente querido se deu subitamente, ou se a morte ocorreu depois de longa enfermidade, talvez influam na reação emocional dos que ficam. Mas uma coisa parece certa: reprimir os sentimentos pode prejudicá-lo tanto física como emocionalmente. É muito mais saudável que expresse seu pesar. Como? As Escrituras contêm alguns conselhos práticos.

Como dar vazão ao pesar?
Falar pode ser de ajuda para dar vazão ao pesar. Após a morte de todos os seus dez filhos, bem como de outras tragédias pessoais, o antigo patriarca Jó disse: “Minha alma certamente se enfada da minha vida. Vou externar [hebraico: “dar vazão”] a minha preocupação comigo mesmo. Vou falar na amargura da minha alma!” (Jó 1:2, 18, 19; 10:1) Jó não conseguiu mais reprimir sua preocupação. Precisava dar vazão a ela; tinha de “falar”. De modo similar, o dramaturgo inglês, William Shakespeare escreveu em MACBETH: “Deixe o pesar expressar-se em palavras; o pesar não expresso sussurra ao coração sobrecarregado e lhe sugere que se quebrante.”

Portanto, expressar seus sentimentos a um “verdadeiro companheiro” que o ouça com paciência e compreensão pode trazer-lhe certa medida de alívio. (Provérbios 17:17) Expressar em palavras experiências e sentimentos muitas vezes torna mais fácil compreendê-los e lidar com eles. E se quem escuta for alguém que já perdeu um ente querido e que lidou eficazmente com sua própria perda, você poderá aproveitar algumas sugestões práticas sobre como enfrentar o problema. Quando sua filha morreu, certa mãe explicou por que lhe ajudou conversar com outra mulher que sofrera uma perda similar: “Saber que outra pessoa passou pela mesma coisa, conseguiu superá-la e também levar uma vida quase normal, foi para mim muito fortalecedor.”

O que se dá quando você não se sente bem à vontade para falar sobre os seus sentimentos? Davi, personagem bíblico, depois da morte do Rei Saul e de seu filho Jonatã, compôs uma endecha(Composição lírica ou musical que expressa profunda tristeza, tal como o pesar causado pela morte de um amigo ou de um ente querido; uma elegia) muito emocional, na qual deu vazão ao seu pesar. Esta composição de lamento tornou-se por fim parte do registro escrito do livro bíblico de Segundo Samuel. (2 Samuel 1:17-27; 2 Crônicas 35:25) De forma similar, alguns acham mais fácil expressar-se por escrito. Certa viúva contou que ela punha seus sentimentos por escrito e depois, dias mais tarde, lia o que havia escrito. Achou que isso lhe dava um valioso alívio.

Quer por conversar, quer por escrever, comunicar seus sentimentos pode ajudá-lo a aliviar seu pesar. Pode também ajudar a esclarecer mal-entendidos. Certa mãe enlutada explica: “Meu esposo e eu ouvimos falar de outros casais que se divorciaram depois de terem perdido um filho, e não queríamos que isso acontecesse conosco. Assim, toda vez que nos sentíamos irados, querendo culpar um ao outro, conversávamos sobre isso até esclarecer as coisas. Acho que ficamos realmente mais achegados por fazer isso.” Assim, expressar seus sentimentos pode ajudá-lo a entender que, embora você tenha sofrido o mesmo tipo de perda, outros podem demonstrar o pesar de modo diferente — ao seu próprio ritmo e do seu próprio modo.

Outra coisa que pode facilitar dar vazão ao pesar é chorar. Há “tempo para chorar” diz a Bíblia. (Eclesiastes 3:1, 4) O falecimento de alguém que amamos certamente é uma ocasião assim. Verter lágrimas de pesar parece ser uma parte necessária do processo de restabelecimento.

Uma jovem explica como uma amiga íntima a ajudou a suportar a situação quando sua mãe faleceu. Relembra: “Minha amiga estava sempre disponível. Ela chorava junto comigo. Conversava comigo. Eu podia ser bem franca quanto às minhas emoções, e isso era importante para mim. Não tinha de me sentir embaraçada por chorar.” (Veja Romanos 12:15.) Nem deve você envergonhar-se das suas lágrimas. Conforme já vimos, a Bíblia está cheia de exemplos de homens e de mulheres de fé — incluindo Jesus Cristo — que abertamente verteram lágrimas de pesar sem aparente embaraço. — Gênesis 50:3; 2 Samuel 1:11, 12; João 11:33, 35.

Talvez ache que suas emoções, por um tempo, serão um tanto imprevisíveis. Pode chorar sem aviso antecipado. Certa viúva verificou que fazer compras num supermercado (algo que muitas vezes fizera junto com o marido) podia fazê-la chorar, especialmente quando, por hábito, pegava itens que tinham sido favoritos do seu marido. Seja paciente consigo mesmo. E não pense que tem de segurar as lágrimas. Lembre-se de que são uma parte natural e necessária do pesar.

Como enfrentar o sentimento de culpa
Conforme já mencionado, alguns têm sentimentos de culpa depois de perderem um ente querido na morte. Isto talvez ajude a explicar o profundo pesar do fiel homem Jacó, quando foi levado a crer que seu filho José tinha sido morto por “uma fera selvagem”. O próprio Jacó enviara José para ver como estavam passando seus irmãos. De modo que Jacó provavelmente foi afligido por sentimentos de culpa, tais como: ‘Por que mandei José sozinho? Por que o mandei a uma região cheia de feras selvagens?’ — Gênesis 37:33-35.

Talvez julgue que alguma negligência da sua parte contribuiu para a morte do seu ente querido. Compreender que o sentimento de culpa — real ou imaginária — é uma reação normal ao pesar já pode por si só ser de ajuda. De novo, não precisa guardar seus sentimentos para si. Conversar sobre quão culpado se sente pode dar-lhe o alívio de que precisa.

Reconheça, porém, que não importa quanto amemos outra pessoa, não podemos controlar sua vida, nem podemos impedir que “o tempo e o imprevisto” sobrevenham aos que amamos. (Eclesiastes 9:11) Além disso, sem dúvida, sua motivação não era má. Por exemplo, por não marcar uma consulta médica mais cedo, será que pretendia que seu ente querido adoecesse ou morresse? Claro que não! Então, será que é mesmo culpado de causar a morte dele? Não!

Certa mãe aprendeu a lidar com o sentimento de culpa quando sua filha morreu num acidente de carro. Ela explica: “Senti-me culpada de tê-la mandado fazer algo. Mas, vim a compreender que era ridículo eu sentir-me assim. Não havia nada de errado em mandá-la ir junto com o pai em certa incumbência. Foi apenas um terrível acidente.”

‘Mas há tanta coisa que eu gostaria de ter dito ou feito’, talvez diga. É verdade, mas quem dentre nós pode dizer que fomos pai, mãe ou filho perfeitos? A Bíblia lembra-nos: “Todos nós tropeçamos muitas vezes. Se alguém não tropeçar em palavra, este é homem perfeito.” (Tiago 3:2; Romanos 5:12) Portanto, aceite o fato de que você não é perfeito. Remoer continuamente “por que não fiz isso ou aquilo” não muda nada, mas pode retardar sua recuperação.

Se tiver motivos válidos para achar que sua culpa é real, não imaginária, então considere o fator mais importante para se livrar do sentimento de culpa — o perdão de Deus. A Bíblia assegura-nos: “Se vigiasses os erros, ó Deus; quem poderia ficar de pé? Pois contigo há o verdadeiro perdão.” (Salmo 130:3, 4) Não pode voltar ao passado e modificar alguma coisa. No entanto, pode suplicar o perdão de Deus pelos erros do passado. Daí, o que fazer? Pois bem, se Deus promete apagar seus pecados, não devia você também perdoar a si mesmo? — Provérbios 28:13; 1 João 1:9.

Como enfrentar o sentimento de ira
Sente-se também um tanto irado, talvez com os médicos, as enfermeiras, os amigos ou mesmo com a pessoa falecida? Reconheça que isso também é uma reação comum diante da perda. Sua ira talvez seja o acompanhamento natural da dor que sente. Uma escritora disse: “Somente por ficar cônscio da ira — não dando vazão a ela, mas sabendo que a sente — poderá ficar livre de seu efeito destrutivo.”

Pode também ser de ajuda expressar ou compartilhar a ira. Como? Certamente não em acessos incontrolados dela. A Bíblia adverte que a ira prolongada é perigosa. (Provérbios 14:29, 30) Talvez derive consolo de conversar sobre ela com um amigo ou uma amiga compreensivos. E outros descobriram que fazer exercícios vigorosos quando estão irados lhes dá um bem-vindo alívio. — Veja também Efésios 4:25, 26.

Embora seja importante ser franco e honesto a respeito dos seus sentimentos, cabe uma palavra de cautela. HÁ UMA GRANDE DIFERENÇA ENTRE EXPRESSAR SEUS SENTIMENTOS E LANÇÁ-LOS SOBRE OUTROS. Não há necessidade de culpar outros pela ira e frustração que você sente. Portanto, fale sobre os seus sentimentos, mas não de modo hostil. (Provérbios 18:21) Há uma grande ajuda para suportar o pesar, e nós a consideraremos agora.

A ajuda de Deus
A Bíblia assegura-nos: “Perto está Jeová[o nome do Deus da Bíblia e Pai de Nosso Senhor, Jesus Cristo] dos que têm coração quebrantado; e salva os que têm espírito esmagado.” (Salmo 34:18) Sim, acima de tudo, sua relação com Deus pode ajudá-lo a suportar a morte de um ente querido. Como? Todas as sugestões práticas oferecidas até agora baseiam-se na Palavra de Deus, a Bíblia, ou estão em harmonia com ela. A aplicação delas pode ajudá-lo a enfrentar a situação.

Além disso, não subestime o valor da oração. A Bíblia insta conosco: “Lança teu fardo sobre o próprio Deus, e ele mesmo te susterá.” (Salmo 55:22) Se conversar sobre seus sentimentos com um amigo compassivo já pode ajudar, quanto mais lhe ajudará derramar seu coração ao “Deus de todo o consolo”! — 2 Coríntios 1:3.

Não é o caso de que a oração simplesmente nos faça sentir melhor. O “Ouvinte de oração” promete dar espírito santo aos seus servos que sinceramente o pedirem. (Salmo 65:2; Lucas 11:13) E o espírito santo de Deus pode dar-lhe “poder além do normal”, para aguentar um dia após outro. (2 Coríntios 4:7) Lembre-se: Deus pode ajudar seus servos fieis a suportar qualquer tipo de problema com que talvez se confrontem.

Certa mulher que perdera uma filha na morte lembra-se de como o poder da oração ajudou a ela e ao marido a suportar a perda. “Quando à noite ficávamos sozinhos em casa e o pesar se tornava simplesmente insuportável, orávamos em voz alta”, explica ela. “A primeira vez que tivemos de fazer algo sem ela — Foi Devastador! — Oramos pedindo força. Quando nos levantávamos de manhã e a realidade da situação parecia insuportável, orávamos a Deus para que nos ajudasse. Por algum motivo, era para mim realmente traumático entrar em casa sozinha. Assim, toda vez que voltava para casa sozinha, eu simplesmente fazia uma oração a Deus, pedindo que me ajudasse a manter um pouco de calma.” Esta mulher fiel crê firme e corretamente que essas orações fizeram diferença. Você também pode verificar que, em resposta às suas persistentes orações, ‘a paz de Deus, que excede todo pensamento, guardará o seu coração e as suas faculdades mentais por meio de Cristo Jesus’. — Filipenses 4:6, 7; Romanos 12:12.

A ajuda que Deus dá realmente faz a diferença. O apóstolo cristão Paulo declarou que Deus “nos consola em toda a nossa tribulação, para que possamos consolar os que estiverem em qualquer sorte de tribulação”. É verdade que a ajuda divina não elimina a dor, mas pode torná-la mais suportável. Isto não significa que não mais chorará ou que se esquecerá do seu ente querido. Mas poderá restabelecer-se. E então, aquilo que tiver passado pode torná-lo mais compreensivo e compassivo para ajudar outros a suportar uma perda similar. — 2 Coríntios 1:4.

Contribuído por:
Valdiwilson Monteiro.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Expressões que nem sempre confortam

Recebido de: 
Aldiwilson Monteiro
Expressões que nem sempre confortam: 


SE JÁ sentiu alguma vez um profundo pesar, houve ocasiões em que se sentiu ferida com alguns comentários feitos por outros? Ao passo que a maioria das pessoas parecem saber o que dizer para confortar outros, muitas pessoas desoladas com a perda dum filho conseguem lembrar-se de comentários que não lhes ajudaram em nada. Ursula Mommsen-Henneberger, escrevendo no jornal alemão Kieler Nachrichten, declarou que alguns pais “ficam profundamente feridos quando pessoas estranhas dizem: ‘Mas você ainda tem outros filhos, não tem?’” Ela responde: “Os outros podem servir de consolo, mas não servem como substituto.”

A conselheira Kathleen Capitulo, especializada em ajudar pessoas desoladas, disse: “Outra expressão que se deve evitar é: ‘Sei como se sente.’ A verdade é que ninguém realmente sabe pelo que uma outra pessoa está passando. No entanto, poderá validar o que elas estão sentindo. Poderá assegurar-lhes que seus sentimentos são naturais.”

Abe Malawski, segundo informa o livro Recovering From the Loss of a Child (Recuperar-se da Perda dum Filho), “nutre fortes sentimentos de que é preciso que alguém tenha perdido um filho para saber o que é perder um filho”. Declarou ele: “Pode-se ter quinze filhos, e isso não faz diferença alguma. Jamais se pode substituir um filho.”
No caso dum aborto involuntário ou de o bebê nascer morto, outras expressões nada edificantes, embora sinceras, são: “Logo ficará grávida de novo, e se esquecerá disso tudo.” “Foi melhor assim. O bebê, de qualquer jeito, seria deformado.”... “Há males que vêm para bem.” No cruel momento da perda, estes clichês, não importa quão bem-intencionados, não podem aliviar a agonia.

Os lugares-comuns religiosos citados por alguns clérigos, não raro constituem outras fontes de irritação para os desolados. Dizer que ‘Deus queria outro anjo’ apresenta a Deus como cruel e egoísta, e equivale a blasfêmia. Ademais, não se baseia na lógica, nem na Bíblia.

Deve o Cristão Prantear?
Que dizer dos cristãos cujo filho morre? Às vezes, alguns citam as palavras de Paulo aos tessalonicenses: “Para não vos entristecerdes, como os outros homens, que não têm esperança.” (1 Tessalonicenses 4:13, Bíblia Vozes) Será que Paulo proibia o pesar e o pranto? Não, ele simplesmente dizia que o cristão, que tem esperança, não fica entristecido do mesmo modo que aqueles que não têm esperança. — João 5:28, 29.

Para ilustrar este ponto, como foi que Jesus reagiu quando Maria lhe disse que Lázaro estava morto? O relato nos conta: “Jesus, portanto, quando a viu [a Maria] chorar e que os judeus que vieram com ela choravam, gemeu no espírito e ficou aflito.” Daí, quando foi conduzido ao lugar onde jazia o morto, “Jesus entregava-se ao choro”. Assim, é errado prantear? Demonstra isso uma falta de fé na promessa de Deus de uma ressurreição? Não, antes, indica profundo amor pela pessoa falecida. — João 11:30-35; compare com João 20:11-18.
Outro enfoque que pode ser perturbador é aquele que, mostrando-se condescendente, garante à pessoa desolada: ‘O tempo é um grande remédio’. Também, evite a pergunta: “Já conseguiu superá-lo?” Conforme disse uma mãe inglesa: “Aqueles que perguntam: ‘Já conseguiu superá-lo?’ não entendem realmente o que significa perder alguém tão achegado quanto um filho. Não conseguiremos superar isso, senão quando o recebermos de novo na ressurreição.” Talvez seja apropriada a frase de Shakespeare: “Todo mundo é capaz de dominar uma dor, com exceção de quem a sente.”

Às vezes, o pai se torna vítima de uma atitude inconsiderada. Um pai desolado ficava irado quando as pessoas lhe perguntavam: “Como está passando sua esposa?” Ele declarou: “Jamais perguntavam como passava o marido. . . . Isso é muito errado, e muito injusto. O marido sente tanto quanto a esposa. Ele sente dor, também.”

‘Manter a Fortaleza de Ânimo’?
Em muitas culturas, ensina-se a ideia de que os homens, em especial, não devem manifestar suas emoções e seu pesar, mas ‘manter a fortaleza de ânimo’. O autor inglês do século 18, Oliver Goldsmith, falou da “silenciosa masculinidade do pesar”. Mas, será tal silenciosa masculinidade necessariamente o melhor modo de enfrentar o pesar?

Em seu livro The Bereaved Parent (O Genitor Desolado), Harriet Sarnoff Schiff cita o caso do marido dela: “Ali estava um homem, um pai, que observou seu filho ser enterrado, e, de acordo com as convenções sociais, a sociedade lhe solicitava que ‘mantivesse sua fortaleza de ânimo’.” Acrescenta ela: “Ele pagou muito caro por manter sua fortaleza de ânimo. À medida que o tempo passava, em vez de deixar seu estado pesaroso, foi mergulhando cada vez mais fundo na tristeza.”

O marido descreveu seus sentimentos, e talvez outros possam identificar-se com estes. “Sinto como se estivesse atravessando a pé a calota de gelo do Ártico. Sinto-me muito cansado. Sei que, se deitar para descansar, vou adormecer. Sei que, se adormecer, morrerei congelado. Simplesmente não me importo. Não posso mais combater meu cansaço.”

Assim, qual é o conselho dado por Harriet Schiff? “Esquecer inteiramente essa bem antiga e virtuosa ética de estoicismo anglo-saxônico, e chorar. Deixe que as lágrimas fluam. . . . Elas ajudam a dissipar a tristeza.” As escritoras de Surviving Pregnancy Loss oferecem o seguinte conselho, que se aplica tanto às mulheres como aos homens: “Alguns talvez admirem grandemente o estoicismo, MAS SOMENTE POR ENCARAR DE FRENTE O PESAR PODE A PESSOA POR FIM LIVRAR-SE DELE.” De outra forma, existe o perigo de recaída no que é chamado de “pesar inadequado”, que pode ter consequências desastrosas por muitos anos à frente.

O PESAR INADEQUADO É O PESAR INCOMPLETO, QUANDO A PESSOA REPRIME O PROCESSO DE PRANTEAR, EM VEZ DE PERMITIR QUE FLUA ATÉ SE ACEITAR TAL SEPARAÇÃO. Ele pode manifestar-se pelo menos de três formas — como pranto reprimido, retardado, e crônico. Que ajuda pode ser dada?

Talvez seja necessário o aconselhamento profissional. A solução pode ser um apoiador médico da família ou um conselheiro espiritual. Membros perceptivos da família também poderiam ajudar. A pessoa precisa de ajuda para ir enfrentando o processo do pesar.

Assim, Jess Romero admite que ele chorava abertamente pela perda de sua filha e de sua esposa, no desastre de avião. Ele contou: “Depois de algumas semanas, minhas irmãs me levaram do hospital para casa, e, ao entrar, vi a foto de minha filha na parede. Meu cunhado percebeu que a foto me sensibilizara e disse: ‘Vá em frente e chore.’ Eu chorei mesmo. Consegui aliviar-me de parte de meu pesar reprimido.”

Ao passo que o processo de eliminação do pesar pode sarar parte das feridas, só existe uma solução duradoura para a maioria das pessoas desoladas com a perda dum filho — ver de novo seu ente querido. Assim, existe alguma esperança para os mortos? Haverá uma ressurreição? Vejamos.

Esperança Para os Mortos — Como Jesus Ensinou?

Durante seu ministério terrestre, Jesus ressuscitou diversas pessoas. (Marcos 5:35-42) Isto serviu como sinal da grande ressurreição que ocorrerá quando a Terra estiver, mais uma vez, totalmente sob o governo de Deus, como milhões de pessoas pedem ao orar: “Venha o teu reino. Realize-se a tua vontade, como no céu, assim também na terra.” — Mateus 6:9, 10.

Deu-se um exemplo do poder de Deus neste respeito quando Jesus ressuscitou seu amigo Lázaro. Ao mesmo tempo, o relato esclarece a condição dos mortos. Jesus disse a seus discípulos: “Lázaro, nosso amigo, foi descansar, mas eu viajo para lá para despertá-lo do sono.” Não entendendo o sentido, os discípulos disseram: “Senhor, se ele foi descansar, ficará bom.” Imaginavam que ele dizia que Lázaro estava apenas dormindo, quando, efetivamente, ele tinha morrido. Assim, Jesus não deixou nenhuma margem de dúvida: “Lázaro morreu.”

Observe, por favor, que Jesus não fez referência a qualquer alma imortal se transferindo para outro estado ou domínio. Ele não era influenciado pela filosofia grega, mas sim pelo claro ensino bíblico, contido nas Escrituras Hebraicas. Lázaro estava dormindo na morte, e, quando Jesus chegou, já estava por quatro dias no túmulo memorial. Assim, que esperança havia para ele?

Quando Jesus falou com Marta, irmã de Lázaro, ele lhe disse: “Teu irmão se levantará.” Como foi que ela respondeu? Será que disse que a alma dele já estava no céu, ou em alguma outra parte? A resposta dela foi: “Sei que ele se levantará na ressurreição, no último dia.” Ela também se apegava ao ensino bíblico duma ressurreição para a vida na Terra. Jesus lhe forneceu uma razão ainda maior para fé, ao dizer: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem exercer fé em mim, ainda que morra, viverá outra vez.” Então, para provar o ponto, dirigiu-se ao túmulo de Lázaro e bradou em alta voz: “Lázaro, vem para fora!” Que aconteceu?

Milagre dos milagres! O relato histórico declara: “O homem que estivera morto saiu com os pés e as mãos amarrados com faixas, e o seu semblante enrolado num pano. Jesus disse-lhes: ‘Soltai-o e deixai-o ir.’” — João 11:1-44.

É nisso que reside a esperança que tem ajudado muitos dos desolados com a perda dum filho! Essa mesma esperança os sustenta, de modo que aguardam o futuro próximo, em que a Terra será renovada e restaurar-se-á o paraíso perdido pelos nossos primeiros pais, Adão e Eva, os quais, se rebelaram contra seu Amoroso Criador.

Neste tempo iminentemente feliz, as palavras esperançosas de Jesus serão cumpridas: “Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a sua voz [a de Cristo] e sairão”. — João 5:28, 29

De fato, a fé genuinamente embasada nas escrituras, dos primitivos cristãos, era: “Temos esperança para com Deus, ... DE QUE HÁ DE HAVER UMA RESSURREIÇÃO TANTO DE JUSTOS COMO DE INJUSTOS”. — Atos 24:15; Apocalipse 21:3-5; Mateus 5:5.

Conforme pesquisado por:
Valdiwilson Monteiro

ESTER EU TE AMO ETERNAMENTE

Sinto saudades...

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