AO FILHO QUE MORREU
Ó, filho querido,
Descansa em paz e não tenhas medo
Pois, a partir de agora
Estarás imune ao sofrimento
Quanto a mim,
Saibas que vou amá-lo para sempre
O mesmo amor que eu já lhe tinha
Desde que vivias em meu ventre
Jamais vou te esquecer
E a tua lembrança será para mim
Como se ainda continuasses a viver
Todos os dias, meu filho,
Vou arrumar o teu quarto
Vou dobrar o teu pijama
E, de vez em quando,
Só para fingir que ainda estás dormindo
Vou levar o café em tua cama
E sobretudo, meu filho,
Todos os dias vou dizer-lhe bom dia
Vou beijá-lo no rosto
Vou abraçá-lo bem apertado
e chorar feito louca
Diante do teu retrato
SEMPRE SERA ETERNO
(André Augusto Passari, em "Fragmentos do Tempo", editora artepaubrasil)
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